.: O Mundo e as Pessoas :.

Esses dias foram tão malucos quanto o tempo aqui em Campinas. Fim de inverno, começo de primavera, chuva, sol, aquele entra e sai de lugares com e sem ar condicionado... Bom, resolvi dar uma passada rápida aqui para umas reflexões rápidas.




  • Fato 1: as pessoas não param de nos surpreender. E como fazemos parte desse desse grupo, não paramos de surpreender as pessoas também, claro.

  • Fato 2: as pessoas acreditam naquilo que querem acreditar. Tudo se transforma e aquilo que um dia foi, não é mais. E talvez nunca tenha sido mesmo. As pessoas são muito complicadas, às vezes egoístas e oportunistas, infelizmente.

  • Fato 3: as pessoas envelhecem. Envelhecer não é ruim, mas tudo depende de como se envelhece. Diferentemente do envelhecimento físico, que só traz limitações, o da mente pode levar uma pessoa a caminhos completamente distintos: manias, rotinas, amigos, conformismo, esperança, solidão, arrependimentos, orgulho, aventuras, ambição, altruísmo, são inúmeras combinações que moldam nossa personalidade. Reinventar-se não é trivial, pois podemos ficar presos na roda do ridículo, apenas com a ilusão de movimento.

  • Fato 4: sempre existe o poder da escolha. E quando há escolha não faz sentido nenhum sentimentos como pena, arrependimentos, etc. As pessoas não conseguem pelo que desejam, conseguem pelo que fazem. E até a beira do precipício, enquanto não se cair nele, sempre há tempo para encontrar novos caminhos. O caminho nem sempre é fácil, mas escolhas destrutivas só potencializam o mal.



Juntar o fato 2 ao 1 faz com que exista uma latência na surpresa, que passa a ser nem tão surpreendente assim. É mais a sensação de acordar de um sonho. Não que sonhos sejam ruins, só estou sendo prático.


Juntar o fato 4 ao 3 faz mostra como cada atitude é poderosa. É a soma de cada grão de areia que vai formar a nossa base de apoio. E nós estamos sempre reunindo mais e mais grãos para completar nossa paisagem.


E juntando tudo, está o meu pensamentozinho que surgiu no meio da bagunça da semana. Pensamento que nasceu ao observar esse mundo à minha volta e as pessoas que vivem nele.

.: Destemido :.

If anybody asks me what is my goal right now I would answer that it is to become fearless. I am not saying that this means to be brave or to have the courage to fight against my problems, although these items are part of the process. I believe that fearlessness is something deeper. To have the purpose that motivates us to face anything. It is not to be angry or mad, but to be still. Not to lie, but to accept truth. To be fearless is to combine wisdom with the will to live and to be ready to accept yourself, to understand and to be understood.


It is hard to express these feelings that I have towards fearlessness. It is so personal but I hope I can at least share a little bit of my thoughts. What it means to move forward, to think deeply and calmly about your current condition. To put all your pride aside and replace it with acceptance. Not to fear anything, not even death. It is a powerful feeling. It is the compass that opens new roads for choosing many other positive discoveries such as love, faith, wonderment, clarity and freedom. It is the awareness of your surroundings. To never, ever give up to fight for what you believe in.


There are many situations in which you will simply ignore your problems. You know they exist, although you are not fully aware of them. So they become bigger and bigger and become critical. They wouldn't if you were wise enough to face and deal with them. That's the consequence of fear: despair and regret. Ignoring what calls you for so long have the same effect of being scared to answer them. You just don't want to admit it.






The egg of fear may hatch as a beautiful bird or as a monster. You choose.




How many things we keep ignoring in our lives? Here is a list of things that I was already scare of: darkness, talking to a stranger, going to somewhere like a show or a trip, some subjects regarding my feelings or my choices, admitting my frailties, breathing new air, loneliness, getting sick, getting old, the future and many other things. Somethings I am not scared anymore like darkness. I found out that introspection and self discovery can come out even in the darkest places. Some of them like the loneliness I try to transform, replacing it with the joy that can be found within my solitude.


From time to time I forget to be myself, the purpose of living this life. Sometimes, or maybe many times I forget that I am a spirit full of positive energy. This energy needs to flow in my body or else I become used to my negative energy. Thus, I start to live in disharmony and loose my way. We need simple things to feed our soul. There is so much distraction that can change the course of our paths. If we have goals, and we all have goals, we need to remember what motivated us to choose these goals and what we are doing to achieve them.


I could share some of my goals now, but of most of them are quite silly and it won't add anything to anybody. But this one is valuable and precious. To try to get closer and closer to fearlessness each and every day.

.: Muito de Inútil, Pouco de Útil :.

Hoje em dia é muito fácil fazer pesquisas sobre algum assunto. Basta que ele seje de interesse de uma ou mais pessoas para que se crie, por exemplo, uma página na Wikipedia. E isso, com certeza, é maravilhoso. Tá certo que às vezes um monte de verbete é criado pelo frenesi do momento, porque algum assunto está na moda, etc. Seria interessante se houvessem mais verbetes relacionados à história antiga, ou alguma outra ciência. Devem existir mais informações sobre os filmes de Hollywood do que sobre o ecossistema marinho. A discografia de um astro pop famoso sempre será atualizada em instantes por alguém, o que não é ruim, porque eu consulto muito a Wikipedia para isso também :).


A Internet está cada vez mais rápida, mais fácil e acessível para publicação de conteúdo. E têm formatos para todos os gostos: textos, vídeos, podcasts, etc. Os meios também são diversos, como este blog, por exemplo. O Twitter é um microblog famoso que permite postar rapidinho alguma informação. Para quem pode usá-lo no celular, basta pensar que a ideia já pode entrar online, para todo mundo ver. O status vai ao ar em questão de segundos, o tempo que for necessário para digitar o texto. Não é preciso ir para frente de um computador, seja lá onde se estiver, é possível mandar um tweet.


Outro exemplo viral de fonte de informação são os agregadores RSS. Existem canais que são impossíveis de se ler na íntegra porque chega informação a cada minuto. O dia todo pode ser gasto para monitorar e ler todas as notícias que chegam no agregador. Eu acho bobagem querer ler tudo, porque são poucas as notícias que valem a pena de serem lidas. Quando isso acontece, eu compartilho e comento. Creio que todos que lêem o Reader e acham o que lêem interessante compartilham, já que com um clique é possível fazer isso. E esse é o melhor tipo de filtro, porque foi feito por pessoas de carne e osso :D. Podem ser compartilhados trechos de sites, podcasts, vídeos do YouTube, praticamente tudo que se vê no navegador pode ser compartilhado.


Ter acesso a toda essa informação é fascinante, sem dúvida. A Internet virou um imenso self service, com as mais diversas variedades de pratos: de junk food a filé mignon. É importante se lembrar disso. Para alimentar nosso saber, também é importante ler uma boa revista, um bom livro porque a Internet pode ser rápida, prática e barata, mas não é a única fonte de conhecimento. A gente cria o hábito de recorrer ao Google pra tudo, afinal, a missão do Google é organizar as informações do mundo todo e torná-las acessíveis e úteis em caráter universal, como diz no primeiro parágrafo do site deles (clique aqui).







Biblioteca de Alexandria - Reunir todo o conhecimento do mundo sempre foi um desejo utópico




Agora pausa para reflexão... Quais dessas informações que lemos são úteis? Quais nos ensinam? E aquilo que nos interessa, onde a gente pode encontrar? É, a missão do Google não é fácil. Eu encontro uma certa dificuldade para ler assuntos interessantes na Web. É muito mais fácil ler um livro, ou comprar uma revista. Nesse ponto, eles são insubstituíveis. Já dos jornais eu não sinto muita falta, não é por acaso que os jornais andam com dificuldades. O trabalho dos jornalistas é sério, mas eles não conseguem competir com a velocidade da Internet. Mas no fim de semana ainda vale a pena ler um jornal, porque trazem matérias mais bem trabalhadas. Mas qual é a missão dos jornais? Somente trazer informação ao leitor? Também é hora de rever essa missão...


Algumas coisas acho que são pouco valorizadas: as críticas e análises. Justamente porque tudo é rápido, a gente fica com preguiça de ler textos longos e só quer saber de bater o olho para, em seguida, fazer outra coisa. Aí existe outro ponto falho também. Muitas vezes é isso mesmo que a gente quer, bater o olho direto na informação que procuramos. Muitos sites tem tanta porcaria em volta, ou a informação está tão escondida que perdemos mais tempo procurando do que lendo. Tudo pode ser melhorado e vejo que existem diversas oportunidades nessa área ainda.


A Internet é ótima para o entretenimento, mas nem tanto para a cultura. O que faz sentido, já que é o entretenimento que mais dá lucros. Daí outra pausa para reflexão, é só entretenimento que a gente quer? Bom, ler um livro também é um entretenimento. Tudo vai depender do que se busca, do tipo de leitura, do vídeo, da música... Antigamente as pessoas eram mais seletas naquilo que consumiam, talvez isso fosse melhor para poder se concentrar em um assunto, se especializar, pensar e se aprofundar nele. Hoje muitas informações são superficiais, completamente inúteis, ou não confiáveis... Enfim, é importante saber lidar com informação e a fonte delas porque são os leitores que escolhem e decidem o que é interessante ou não.

.: O Que Existe de Bom em Mim :.
Posso afirmar que poucas pessoas me conhecem bem. Ou que acompanharam minha linha de pensamento. Nem é questão de não me mostrar, ou de me esconder. Tá certo que eu demoro para me enturmar. Quando conheço gente nova geralmente fico quieto. Com o tempo eu acabo ficando mais à vontade em mostrar minha personalidade. Quem me dera ser capaz disso logo de cara, mas me pergunto se esse seria eu. Tudo tem seu tempo, eu inclusive. Bom, mas não era exatamente disso que queria escrever aqui. Eu sei que às vezes eu sou cruel. Muitas vezes minha indiferença já é um ato de crueldade. Minha ironia, enfim, às vezes a inércia e a minha falta de paciência com as coisas e pessoas me torna azedo. Tipo, não sou só eu, muitas pessoas, muitas mesmo não acabam agindo de modo como gostariam. A intenção é uma, a atitude é outra e, claro, a interpretação de seus atos acaba sendo uma merda. Fazer-se entender é essencial.

Quando eu me aproximo muito de uma pessoa eu acabo machucando. Principalmente quando sou machucado antes, ou por um gesto que me magoa ou pela falta de um gesto que esperasse. Na minha memória é difícil perdoar ou esquecer. Não tenho vergonha em dizer isso. Creio que seja da natureza humana. Outras vezes, mesmo não sendo tratado da maneira que gostaria eu continuo me simpatizando muito com as pessoas. É tão estranho, é como se essas pessoas fossem mais importantes que eu mesmo. É como se elas fossem um exemplo. Sentimos bem quando fazemos bem aos outros. Algumas são especiais para outras e essas mesmas podem não ser especiais para ninguém. É, certas pessoas não atraem empatia de ninguém mesmo. Ou a mais inesperada é admirada. Pode ser xingada aos montes, mas é admirada.

Explicar a subjetividade é esquisito, algumas pessoas vão entender mais ou menos porque não estão em sincronia com a minha linguagem. Existem pessoas que preferem informações práticas, que gostam de olhar olho no olho, que gostam de abraçar e tocar, de ouvir... Bom, exprimir meus sentimentos pelo olhar talvez seja a maneira que mais gosto, mas não vou colocar minha foto aqui porque seria no mínimo cômico. As palavras são o meu canal de usual de comunicação.

Pra quem não sabe, cresci num meio onde aparências são muito valorizadas. Já tentei, até chorei tentando mostrar que isso é bobagem, mas não se muda uma opinião formada. Eu sempre valorizei muito mais aquilo que se passa dentro da gente, sem se importar com que as outras pessoas pensem. O equilíbrio entre esses dois lados é interessante e desejável, mas dentro, lááá dentro de mim o importante é o sentimento verdadeiro e não as aparências. Ah, claro, ironicamente eu acredito que as aparências são tudo, muito mais que o conteúdo. Digo que prefiro uma pessoa bem vestida do que uma de bom coração. Afinal de contas, de que adianta um livro velho e sujo contendo uma boa história? Muito melhor um com uma capa bonita, mas sem conteúdo algum. Bom, e assim eu passo minha mensagem fazendo com que as pessoas neguem o que eu digo por reflexo, sendo que, muitas vezes, são elas que pensam assim, mesmo sem analisar o que está enraizado nelas culturalmente. Ok, acabo sendo irônico numa das situações que mais me incomoda. Que muitos dizem ser o certo, mas que no fundo fazem o contrário: julgar o livro pela capa.

Passa ano, entra ano e cá estou eu de novo divagando. Ééééé vida, essa caixinha de surpresas.